06-06-2023
As Revistas Predatórias são perigosas pois exploram o modelo de publicação em Acesso Aberto para enganar os autores e não trazem nenhum tipo de visibilidade aos artigos. São uma grande ameaça e, infelizmente, estão a proliferar e poluir o ecossistema da publicação científica.
Para evitar estas revistas damos a conhecer 10 sinais de alerta:
Uma vez que as Revistas Predatórias só têm a preocupação de receber o dinheiro dos autores, os seus “editores” não estão preocupados com recortes temáticos ou mesmo com a qualidade da investigação desenvolvida. Por isso, estas revistas são, quase sempre multidisciplinares, ou seja, publicam artigos de diferentes áreas científicas e sem nenhum tipo de enfoque temático comum e não possuem peer-review, ou este é muito fraco, o que faz com que elas não tenham prazos para submeter os artigos e publiquem muito rapidamente, geralmente num máximo de 48-72 horas.
Como, na maioria dos casos, as Revistas Predatórias são geridas por poucas pessoas, muitas vezes sem qualquer ligação a nenhuma comunidade científica, nos seus websites há muito pouca ou nenhuma informação sobre o Conselho Editorial. Os contactos disponíveis no website são poucos ou inexistentes e não são institucionais, geralmente de servidores como “gmail.com”. Há casos de Revistas Predatórias em que
o Conselho Editorial exibia nomes de investigadores que não sabiam que os seus nomes lá estavam.
Como não são indexadas por bases de dados científicas e nem pelo Google Académico, estas revistas tornam os artigos “invisíveis”. Sem visibilidade e relevância científica, estas revistas não possuem métricas, como Fator de Impacto, e, por isso, utilizam informações falsas para induzir o autor a acreditar que terá visibilidade ao publicar naquela revista.
Para soarem ainda mais atrativas, estas revistas têm taxas de publicação mais baixas do que as revistas genuínas, mas, neste caso, o barato sai caro!